Hoje a maioria das pessoas que têm acesso à informação sabe que é peruíce usar uma blusa de paetês às 14h e que é deselegante comparecer a um casamento sem gravata. Profissionais como Costanza Pascolato, Gloria Kalil, Celia Ribeiro, Fernando Barros e Claudia Matarazzo, entre outros, são alguns especialistas em ajudar os outros a não cometer gafes na hora de se vestir ou de se portar à mesa. Mas existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
“A elegância de comportamento é um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. E a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa ou acontecimentos sociais. E uma elegância
desobrigada. E possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir ao frentista. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. E possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete. Oferecer flores é sempre elegante assim como retribuir carinho e solidariedade
E elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outros. E muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social é só pedir licençinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”. Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutála. Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.”
(Extraído da Internet)
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