Quando ministramos a música somos intercessores. Pelos acordes, através dos instrumentos musicais, pelas vozes; enfim, todo o conjunto harmônico de sons, se torna uma súplica a Deus. Toda a música é uma intercessão, de forma ou de outra. Todo aquele que está a serviço do Reino na música precisa saber o que é intercessão e abrir-se a esta forma poderosa de atrair o poder e a glória de Deus.
A intercessão acontece em todos os momentos do músico, seja na vida pessoal, ou se preparando para o serviço, quer seja no meio do canto e mesmo no meio da oração musicada. Muitas bandas e ministérios de
música cristãos desconhecem a música como intercessão.
O servo de Deus para a música não pode se esquecer de que seu canto é uma oração. E segundo o Catecismo da Igreja Católica a oração é um combate:
"A oração é um dom da graça e uma resposta decidida da nossa parte. Supõe sempre um esforço. Os grandes orantes da Antiga Aliança antes de Cristo, como a Mãe de Deus e os santos com Ele, nos ensinam: a oração é um combate. Contra quem? Contra nós mesmos e contra os embustes do Tentador, que tudo faz para desviar o homem da oração, da união com o seu Deus. Reza-se como se vive, porque se vive como se reza. Se não quisermos habitualmente agir segundo o Espírito de Cristo, também não poderemos habitualmente rezar em seu Nome. O "combate espiritual" da vida nova do cristão é inseparável do combate da oração" (C.I.C. 2725).
Neste combate espiritual de que nos fala o Catecismo, o próprio Espirito Santo é quem intercede por nós: "Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza: porque não sabemos o que devemos pedir, nem
orar como convém, mas o Espirito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis" (Rm 8,26).
Quem age em nós para interceder, quem nos move e nos anima é o Espírito Santo. Nossa intercessão deve ser no poder do Espírito Santo, pois o Inimigo que combatemos está em guerra contínua contra nós. Quando reclamamos, lamentamos ao invés de nos erguermos em louvor e adoração, o Inimigo se torna triunfante em nosso ministério, em nosso viver, no meio dos nossos... Quem serve a Deus seja cantando, tocando, pregando, orando... deve se portar como Moisés no alto da colina (Êx 17, 8-16), apoiado em Jesus e sem deixar de olhar, de interceder pelo povo que batalha.
Diante da agonia das injustiças, nosso canto precisa ser libertador, vencedor das opressões. Para isso é necessário que 'morramos para nós mesmos'. Que nos deixemos em oração, em intercessão por nós, por nosso Ministério, pelos nossos. Precisamos assumir a autoridade de servos da música que usam deste dom como arma. Precisamos seguir confiantes, pois é o Senhor quem vai à nossa frente!
Servo de Deus na música: Seu canto é uma oração de intercessão!
[do livro: Formação Espiritual de Evangelizadores na Música, RCC]
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