Sim, a Virgem Maria é a Mãe de Deus


Maria no Evangelho de Mateus 1,22-23 é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus conosco.

Já no século III, como se deduz de um antigo testemunho escrito, os cristãos do Egito dirigiam-se a Maria com esta oração: “Sob a vossa proteção procuramos refúgio, Santa Mãe de Deus! Não desprezeis as súplicas de nós, que estamos na prova, e livrai-nos de todo perigo, ó Virgem gloriosa e bendita (Da Liturgia das Horas). Neste antigo testemunho, a expressão Theotokos, Mãe de Deus, aparece pela primeira vez de forma explícita.

No século IV, o termo Theotokos é já de uso frequente no Oriente e no Ocidente. A piedade e a teologia fazem referência, de modo cada vez mais frequente, a esse termo, já encontrado no patrimônio de fé da Igreja.

O Concílio de Éfeso, no ano 431, proclamou Maria Mãe de Deus.

A expressão Theotokos, que literalmente significa “aquela que gerou Deus”, à primeira vista pode resultar surpreendente; suscita, com efeito, a questão sobre como é possível que uma criatura humana gere Deus. A resposta da fé da Igreja é clara: a maternidade divina de Maria refere-se só a geração humana do Filho de Deus e não, ao contrário, à sua geração divina. O Filho de Deus foi desde sempre gerado por Deus Pai e é Lhe consubstancial. Nessa geração eterna, Maria não desempenha, evidentemente, nenhum papel. O Filho de Deus, porém, há dois mil anos, assumiu a nossa natureza humana e foi então concebido e dado à luz por Maria.

Proclamando Maria Mãe de Deus, a Igreja quer, portanto, afirmar que Ela é a Mãe do Verbo encarnado, que é Deus. Por isso, a sua maternidade não se refere a toda a Trindade, mas unicamente à segunda Pessoa, ao Filho que, ao encarnar-se, assumiu dela a natureza humana.

A maternidade é relação entre pessoa e pessoa: uma mãe não é Mãe apenas do corpo ou da criatura física saída do seu seio, mas da pessoa que ela gera. Maria, portanto, tendo gerado segundo a natureza humana a pessoa de Jesus, que é a pessoa divina, é Mãe de Deus.

Ao proclamar Maria Mãe de Deus, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe. Essa união emerge já no Concílio de Éfeso. Com a definição da maternidade divina de Maria, os padres queriam evidenciar a sua fé à divindade de Cristo. Não obstante as objeções, antigas e recentes, acerca da oportunidade de atribuir esse título a Maria, os cristãos de todos os tempos, interpretando corretamente o significado dessa maternidade, tornaram-no uma expressão privilegiada da sua fé na divindade de Cristo e do seu amor para com a Virgem.

Seguindo o exemplo dos antigos cristãos do Egito, os fiéis CATÓLICOS entregam-se àquela que, sendo Mãe de Deus, pôde obter do divino Filho as graças da libertação dos perigos e da salvação eterna.

Ademais, como diz uma fórmula antiga, Maria é a inimiga de todas as heresias. O auxílio da Virgem Santíssima no combate às insídias do demônio tornou-o consciente de que aquela expressão conciliar “não se tratava de exageros de devotos, mas de verdades hoje mais do que nunca válidas” A Igreja afirma o título de Maria como “advogada, auxiliadora, socorro e medianeira” Não seria por desejo divino, destarte, que a graça da unidade dos cristãos se operasse por meio da Mãe de Jesus?...

"De Maria nunquam satis – de Maria nunca se dirá o suficiente"

(fonte: caritatem.com.br)

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